segunda-feira, 13 de julho de 2009

Tempo de viver - Renata


Nunca fui fão do campo porque não gosto de insetos, mas gostaria de ter vivido a experiência de acompanhar o desenvolvimento de uma planta, do momento em que ela é posta na terra até o seu florescimento. Acho que tal vivência diminuiria minha ansiedade diante da vida.

Desde que me lembro, sinto como se estivesse aguardando o tal florescimento que nunca chega. Fico na expectativa de algo amorfo que corresponderia ao momento tão esperado da flor, quando esta desenvolve-se em toda a sua forma e esplendor... o momento em que minha vida aconteceria. Aconteceria porque eu seria independente, bem resolvida comigo mesma e teria encontrado o parceiro para compartilhar a caminhada.

Tenho semeado a independência, o respeito e o amor próprio e já é possível vislumbrar o início do que se poderia chamar florescimento, mas até o pleno desabrochar dessas sementes restam ainda algumas estações. Essa espera me causa certa ansiedade, que procuro controlar, porque a minha vida está acontecendo agora em toda a sua forma e esplendor.

Raízes fortes e bem estruturadas estão sendo formadas e poderão garantir a sustentação da flor, quando ela estiver pronta para desabrochar. Penso sempre que o importante é tentar viver da melhor maneira possível o hoje, mas sem esquecer que o amanhã é uma possibilidade concreta.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Renata,

Tenho acompanho este blog, e parabéns. você escreve muito bem.

São palavras comuns, mas ditas com uma delicadeza e perfeição.

É incrível a sensação que quanto à vida, sempre restará algumas estações para o desabrochar dessas sementes.

Tento fazer como a música de Geraldo Vandré: "quem sabe faz a hora, não espera acontecer".

Beijos, e até um próximo momento.
Alex Guimarães

Kate, bjus.

Lilian disse...

Re,
hoje abriu mais um botão daquela orquídea branca, que fica junto a janela da frente.
Mais uma linda flor da planta que, há 1ano e meio não pára de florescer.
Não é incrível o eterno movimento?
Sempre que lembro venho aqui saber notícias suas.
Minha proximidade com o campo me ensina tanto...
beijos,
Pat.