segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Novo Começo - Renata


Há pouco mais de um ano, exatamente na virada de 2008 para 2009, fiz uma resolução de ano novo: eu gostaria de ser mais feliz. Essa felicidade seria o resultado da conquista do meu amor próprio, da leveza de conhecer, aceitar e lidar com as minhas próprias limitações e entender, lá no fundo, que eu sou a única pessoa no mundo sobre a qual eu tenho controle. Todas as demais pessoas e situações não estão sob o meu controle, portanto, são imprevisíveis e, sendo assim, eu preciso aprender a lidar com o imprevisível.

A princípio, esse pensamento me pareceu atemorizante! Num segundo momento, porém, libertou-me da angústia de temer o futuro. Fui ao longo do ano aprendendo a viver um momento de cada vez, a saltar em mar aberto, seguida apenas pelo desejo de melhorar, de crescer, de ser feliz. Saí do emprego onde comecei minha carreira sem ter nada em vista e, desde então, tenho emendado um trabalho no outro.

Em agosto de 2009 comprei passagens para passar a virada do ano em Natal com a família que conheci há dois anos atrás, na minha primeira viagem à cidade. Sempre que conversava com Kate a respeito dos passeios que faríamos, eu enfatizava o meu desejo de viver momentos leves, sem necessidade de fazer passeios mil, só para voltar a SP contando vantagens. Por outro lado, eu desejava experiências gostosas, completamente inesperadas e, por isso mesmo, marcantes.

Eu gostaria também de vivenciar a cidade onde a minha prima mora, a Natal que trabalha, que toma ônibus, a Natal que está muito além do que nós turistas costumamos ver. Eu consegui isso. Até passar uma tarde no trabalho de Kate eu passei e também emendei um happy hour divertidíssimo com os colegas dela.

Como não podia faltar em Natal, me enchi de mar, de areia e de sol. Vi a lua surgindo no horizonte, atrás do mar, uma cena que definitivamente está no meu baú de memórias. Experimentei caranguejo e ostra, comi peixes, camarão, bombom de cupuaçú, suco de graviola, cuscuz e tapioca. Água de côco e cerveja também foram muito consumidos no calor, às vezes, sufocante de Natal.

A cada dia a vida me presenteava com uma experiência única, bela e inesperada. Eu fazia a minha parte: de coração aberto eu esperava o melhor e curtia ao máximo o momento no qual eu me encontrava. Fiz questão de dizer - sempre que sentia vontade - o quão feliz eu me sentia de estar ali, naquele momento, vivendo o que eu estava vivendo com aquelas pessoas. E elas também fizeram o mesmo.

Quando eu não podia esperar mais nada da viagem, pois achei que eu já tivesse sido abençoada com tudo, o destino me apresentou a um rapaz de espírito leve e livre, com o qual tive o prazer de curtir uma longa caminhada pela praia de Ponta Negra. Nesse meu penúltimo passeio, pude registrar cheiros, sensações e imagens que me ajudarão a seguir o ano com paciência, determinação e leveza.

Agradeço à vida pela extraordinária viagem.

Nenhum comentário: