terça-feira, 3 de março de 2009

Quem tem uma saúde de ferro? (dê pra mim!) - Kate


Neste exato instante estou exausta de uma ida até a esquina.
Já fui até lá querendo voltar para a cama e descansar um pouco. Escrever agora está sendo um esforço.
Estava pensando em escrever sobre minha herpes labial e justamente na ida até a mercearia da esquina ampliei o assunto e decidi falar sobre minha saúde.
Uma amiga do trabalho diz-me na cara que sou fresca, quando por causa de uma gripe já amoleço e até fico febril.
A Nathália fala que tenho a saúde frágil e vai tomar um choque quando eu lhe mostrar o atestado médico que tenho de apenas um dia. Ela quer que eu fique em casa por três dias no mínimo para me recuperar completamente.
Hoje o que me mantém na cama é uma mistura de gripe com faringite. E ainda estou saindo de uma crise de herpes labial.
Lembro de quando pequena, ser magra como um palito e inconscientemente, até os 12 anos quando fiz uma cirurgia, eu tinha de escolher entre comer e respirar. Não esqueço nunca das sandálias da minha mãe brandidas no ar quando eu sempre ultrapassava mais de 60 minutos à mesa. Coitada, não sabia do meu problema e creditava a minha lerdeza.
As adenóides foram embora junto com minhas amigdalas na cirurgia aos 12 anos. Pensei que minhas crises de garganta e gripes constantes iriam embora completamente. Pelos menos deixei de escolher entre comer e respirar e assaltava constantemente a despensa de minha mãe recebendo elogios de minha avó paterna quando eu estava alem do meu peso na adolescência.
Somos umas filhas molengas. Quando tínhamos gripe, frequentemente desmaiávamos. Os romances tratam os desmaios com romantismo, foi mesmo muito romântico acordar uma noite deitada no chão gelado do nosso quarto vendo a lua alta no céu, após retornar de um desmaio. Fora este dia, lembro também de não ter chegado a tempo ao banheiro numa das devastadoras gripes que tínhamos e ser posta na cama por meu pai. Lembro bem dos seus olhos preocupados enquanto me batia levemente nas faces. Tenho que confessar que eu estava com as calças encharcadas de xixi... lembro também de todos os dindins de vovó que não pude desfrutar porque sempre estava gripada, constipada, com crise de garganta ou qualquer coisa perto disso.
Na adolescência contraí herpes labial, sabe Deus como. Sempre escondi essa doencinha chata por achar que as pessoas iriam pensar coisas ruins ao meu respeito porque sempre associam a herpes à doenças sexualmente transmissíveis. Então prefiro não alardear que tenho herpes labial, para não dizer também que na época em que contraí a doença minha vida sexual sequer existia. Somente há algum tempo confirmei que a transmissão não se dá somente pelos meios sexuais. Minha herpes contraí com algum abraço/beijo em alguém ou algo parecido. Tenho poucas crises desde então, mas do ano passado para cá acho que esta já é a segunda ou terceira vez. E nem sei precisar bem a razão, pois pode ter sido em função do estresse, do sol demais ou de baixa imunidade.
Bem, a fresquinha está na cama mais uma vez e espero que amanhã eu já esteja recuperada para viver a vida além do quarto.
(a foto tirei outro dia, num dia saudável...rs)

Um comentário:

Unknown disse...

A médica Filha d... Um dia parece coisa de SUS... imagina!! Um absurdo isso! AH!! Se eu tivesse lá...

;)

Amor sempre...